A CRISE NA EDUCAÇÃO E A PROPOSTA BRASILEIRA DE REFORMA DO ENSINO MÉDIO

Isis Moraes Zanardi, Marcos Alexandre Alves

Resumo


O presente artigo parte da constatação de que a educação brasileira, em nível básico, está em crise. O processo de ensino está fragilizado e as propostas de reforma nem sempre são eficazes. Nesse sentido, objetiva-se analisar a reforma do Ensino Médio, proposto no ano de 2016 e aprovado pelo parlamento brasileiro em 2017, traçar uma breve análise histórica da educação no Brasil a partir do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova e examinar os pressupostos que ocasionaram a Crise na Educação, desde a perspectiva de Hannah Arendt, e as suas implicações no ensino de humanidades, enquanto condição para a manutenção da democracia e o desenvolvimento do espírito crítico-reflexivo. A reforma do ensino médio prevê, a despeito da importância de um ensino voltado para a formação da pessoa humana, a centralidade na formação técnica. O abandono das humanidades poderá, mais uma vez, sedimentar as bases para constituição de uma sociedade alienada e avessa ao diferente. A intenção não é a de propor uma postura refratária ou de abandono do conhecimento técnico, mas colocar em questão essa primazia e defender uma formação alicerçada em competências oriundas das humanidades, sob pena de seremos cumplices de novas formas de barbáries.

Palavras-chave: Ensino, Humanidades, Ensino Médio, Crise na Educação, Democracia.


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