LÍNGUA PORTUGUESA, LITERATURA E REDAÇÃO NO CURRÍCULO ESCOLAR: FRAGMENTAÇÃO DO ENSINO E RETORNO ÀS VELHAS PRÁTICAS?

Fabiana Veloso de Melo Dametto, Marcia Cristina Corrêa

Resumo


Na tentativa de garantir o direito ao aprendizado de competências cognitivas básicas e gerais que permitam ao aluno o desenvolvimento do exercício de sua cidadania, o governo brasileiro está propondo uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para as escolas de Educação Básica. Esse documento - ainda em desenvolvimento - tem por base os pressupostos teóricos já defendidos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998). Quanto ao ensino de língua materna, a BNCC (2016) chama atenção por reforçar um alerta que já constava nos PCN‟s: a não dicotomização do ensino da língua materna em estudos gramaticais, literários e redação. Entretanto, nos últimos anos, na contramão dessas diretrizes, diversas escolas vêm implantando uma disciplina denominada Redação, a qual atua de forma independente das aulas de Língua Portuguesa (LP). Sabe-se que, no Brasil-Colônia, a Retórica, a Poética e a Gramática eram as disciplinas nas quais se fazia o ensino da LP (SOARES, 2002). Logo, o que se observa na atualidade é um possível retorno a essas velhas práticas de ensino, isto é, uma fragmentação do ensino. Por essa razão e pelo recorrente baixo desempenho dos alunos brasileiros em práticas de escrita, este trabalho - à luz da História da Educação - propõem-se a discutir os reflexos dessa tendência no ensino da língua materna, no Brasil.

Palavras-chave: Ensino. Língua Portuguesa. Redação. Trabalho Docente.


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