UMA CRÍTICA AO APRIORISMO MORAL

Douglas João Orben

Resumo


O artigo apresenta uma crítica ao apriorismo moral, representado na razão prática pura de Kant e na concepção de sujeitos abstratos presente na teoria de Rawls, a partir da eticidade hegeliana e seus herdeiros comunitaristas. Para os críticos do apriorismo moral, essa postura produz um dualismo que se manifesta quando o âmbito formal – a priori e puro – se desvincula do domínio material – ético e social. A justificação da eticidade, portanto, só pode ocorrer quando vinculada ao contexto histórico de origem das normas, junto à comunidade social constituída de sujeitos reais e engajados.            

 

Palavras-chave: Moral. Apriorismo. Kant. Hegel.

 

A Critique To The Moral Apriorism

 

Abstract: This article presents a critique to the moral apriorism, represented in the pure practical reason of Kant and in the conception of abstract individuals present in Rawls's theory, from Hegelian ethics and its communitarian heirs. For the critics of the moral apriorism, this posture generates a dualism that manifests itself when the formal scope – a priori and pure – disengages itself from the material domain – social and ethical. The justification of ethics, therefore, can only occur when bound to the historical context of origin of the norms, next to the social community constituted of real and engaged individuals.

 

Keywords: Moral. Apriorism. Kant. Hegel. 


Texto completo:

Download PDF

Referências


ALMEIDA, G. A. de. Liberdade e moralidade segundo Kant. Analytica, v. 2, n. 1, p. 175-202, 1997.

FORST, Rainer. Kontext der Gerechtigkeit: Politische Philosophie jenseits von Liberalismus und Komunnitarismus. Frankfurt: Suhrkamp, 1994.

FORST, Rainer. Contextos da justiça. Tradução de Denilson Luís Werle. São Paulo: Boitempo, 2010.

HEGEL, G. W. F. Principios de la filosofia del derecho o derecho natural y ciencias políticas. Tradução de Juan Luis Vermal. Buenos Aires: Sudamericana, 1975.

HEGEL, G. W. F. . Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Meneses. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1992.

HEGEL, G. W. F. . Sobre las maneras de tratar cintíficamente el derecho natural. Tradução de Dalmacio Negro Pavon. Madrid: Aguilar, 1979.

KANT, I. Crítica da razão pura. Tradução de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 2. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1989.

HEGEL, G. W. F. . Crítica da Razão prática. 3. ed. São Paulo: Publicações Brasil, 1959.

HEGEL, G. W. F. . Fundamentação da metafísica dos costumes. Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1992.

MÜLLER, Rudinei. O Formalismo kantiano. Filosofazer, Passo Fundo, n. 31, jul./dez. 2007, p. 115-125.

RAWLS, John. A Theory Justice. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1971.

RAWLS, John. Political Liberalism. New York: Columbia University Press, 1993. Paperback edition, 1996.

RAWLS, John. Uma teoria da justiça. Tradução de A. Pisetta e L.M.R. Esteves. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

RAWLS, John. O liberalismo político. Tradução de Álvaro de Vita. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

SANDEL, M. El liberalismo y los límites de la justicia. Barcelona: Gedisa, 2000.

SANDEL, M. Liberalism and the limits of justice. Cambridge: Cambridge University Press, 1982.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.




 



Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.

 

Indexada em: