Apresentação da Edição 3 de 2014


Resumo


A Revista LITTERARIUS, chega ao seu terceiro e último número de 2014. Para manter essa periodicidade, desde de 2011, contamos com o empenho e a pesquisa de diversas pessoas que disponibilizam seus trabalhos para que, através dessa publicação, muitos possam conhecer mais sobre as temáticas abordadas.

Noeli Dutra Rossatto, com o artigo EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DO ESPÍRITO NA IDADE MÉDIA, abre a série de artigos desta edição. O trabalho trata da abordagem das principais estratégias de leitura e de ensino que vigoraram ao longo da Idade Média. Segundo o autor, embora muitos ainda se reportem à Idade Média como Idade das Trevas, parece certo que hoje já foi superada a visão do mundo medieval, forjada no renascimento, como uma grande noite de mil anos iluminada pelas fogueiras da inquisição. Mas, ainda é comum ouvir o uso pejorativo do termo 'medieval', como sinônimo de obscuro, atrasado, reacionário, dogmático ou antiquado.

O intelectualismo moral socrático centraliza-se na tese da identidade da virtude com o conhecimento, que é a ciência do bem. José Lourenço Pereira da Silva, com o artigo SÓCRATES E VIDA DIGNA DE SER VIVIDA, relata que, ainda que os seres humanos não consigam atingir o conhecimento moral e a felicidade plena que têm os deuses, a vida examinada e de busca da virtude, segundo Sócrates, é para qualquer um a mais digna de ser vivida, pois confere, na medida do humanamente possível, a sabedoria e a felicidade.

Descartes está imerso em um momento existencial perpassado pela dúvida, resultado do contexto histórico e filosófico. Neste sentido, considera-se importante ressaltar ALGUNS PRESSUPOSTOS DA CONFIGURAÇÃO DO PENSAMENTO MODERNO CARTESIANO, artigo da autoria de Alexsandro de Souza Bergamasco e Ronaldo Franchin. No texto,  apresentam-se alguns elementos da Revolução Copernicana, relacionando-os com o pensar cartesiano. Primeiro, uma breve exposição da tese heliocêntrica copernicana. Em seguida, a comprovação matemática e empírica da tese de Copérnico (sobre o Heliocentrismo) por Galileu, através da utilização de instrumentos científicos. Em um terceiro momento, apresenta-se a relação da revolução copernicana na filosofia cartesiana. E, por fim, apresentam-se alguns elementos que antecedem o racionalismo cartesiano.

O artigo MICHEL HENRY, VIDA E O CORPO SUBJETIVO: UMA LEITURA FENOMENOLÓGICA, de  Janilce Silva Praseres, enfatiza a análise henryana sobre a vida e o corpo subjetivo, busca as bases para uma fenomenologia do corpo, examinando, assim, a contribuição da noção de corpo subjetivo de Maine de Biran, resultando em uma ontologia da subjetividade. Além do mais,este trabalho tem como intuito expor como o pensamento de Michel Henry, filósofo francês contemporâneo, explora e apresenta a questão do corpo subjetivo e da afetividade. Na seção de Traduções, Jaimir Conte apresenta A FILOSOFIA COMO PALIMPSESTO: CONHECIMENTO ARQUÉTIPO EM 'SIRIS', do título original: Philosophy as Palimpsest: Archetypal Knowledge in Siris. É no último trabalho publicado de Berkeley, Siris (1744), que nos deparamos com todo o repertório de temas, noções específicas e argumentos, e o inconfundível 'sabor' do antigo estilo platônico de filosofar.Agradecemos a todos os colaboradores da Revista Litterarius, internos e externos da Faculdade Palotina, que contribuíram para a elaboração do 3º número de 2014 e contamos com a colaboração de todos para os próximo ano em vista da reflexão e difusão do conhecimento nas áreas de Filosofia e Teologia. 

Sérgio Nicolau Engerroff

 litterarius@fapas.edu.br


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