AS ANTINOMIAS KANTIANAS: UMA INTERPRETAÇÃO DE PETER F. STRAWSON


Resumo


O presente trabalho visa apresentar a interpretação que Strawson elabora em The Bounds of Sense sobre a Crítica da Razão Pura de Kant, em especial a dialética transcendental, onde Kant trata da questão das antinomias. Strawson considera que a parte analítica da Crítica é a parte mais fecunda e interessante, enquanto que a parte da dialética poderia ser descartada sem perda alguma. Isso se deve ao fato de que na parte da analítica Kant lança mão de um princípio empírico, de acordo com o qual para que um conceito tenha sentido ele deve aplicar-se a alguma intuição sensível, o que Strawson considera satisfatório. Já na parte da dialética Kant trata da questão das antinomias, sendo que a solução para elas encontra-se na sua tese do idealismo transcendental, ou seja, no fato de que o espaço e o tempo estão no sujeito. Mas, segundo Strawson, é um erro pensar assim e isso caracteriza um extremo subjetivismo na teoria kantiana, o que levaria a possibilidade de existir dois mundos, o mundo sensível e o mundo supra-sensível, o que ele não aceita. A meu ver, Strawson comete alguns equívocos na sua interpretação, como o fato de não atentar para a grande importância que as antinomias desempenham para a moralidade e para a unidade arquitetônica da razão.

Palavras-chave: Antinomias. Idealismo Transcendental.Kant. Strawson.


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