Apresentação da Edição 3 de 2012


Resumo


A Revista LITTERARIUS com seu terceiro número de 2013, que é uma de suas metas, traz a pesquisa de autores que apresentam suas produções nos diversos campos das áreas de Filosofia e Teologia.

Rodrigo Portella, com o título ‘OS FIÉIS - O ADVENTO DE NOVOS MOVIMENTOS E ORGANIZAÇÕES TRADICIONALISTAS NO CATOLICISMO: ALGUMAS INTERPRETAÇÕES E SIGNIFICADOS’, abre a série de artigos. O autor aponta o crescimento na Igreja Católica do número de organizações que se propõem a uma fidelidade estrita à Igreja e à sua defesa contra um presumido relaxamento de ardor e doutrinário pela qual a mesma estaria passando, ou contra supostos abusos e esquecimentos teológicos, devocionais, litúrgicos e morais após o Concílio Vaticano II. Portella ainda quer apresentar algumas teorias sobre como tais grupos de inspiração teológica, moral e litúrgica mais conservadora e exclusivista se entendem como Igreja, como entendem a Igreja e como se relacionam com a Igreja.

‘NOTAS INTRODUTÓRIAS ACERCA DO NATURALISMO DE STRAWSON:  UMA LEITURA E INTERPRETAÇÃO DA OBRA SKEPTICISM AND NATURALISM’, artigo de Itamar Luís Gelain,  toma a obra Skepticism and Naturalism de Strawson como loco de estudo. Segundo o autor, o que interessa desta obra, para o presente artigo, é a argumentação que Strawson desenvolve acerca do naturalismo na sua relação com o ceticismo. Primeiramente, far-se-á uma abordagem do naturalismo de Hume e de Wittgenstein; posteriormente analisar-se-á as diferenças entre o naturalismo dos dois autores supracitados; e, por fim, buscar-se-á compreender como Strawson se posiciona diante do naturalismo humiano e wittgenstaniano.

O artigo de Vilson Venturini e Eliseu Lucas Alves de Oliveira não pretende apresentar as mais diversas opiniões e estudos sobre a origem do universo. Com o título ‘O ESPÍRITO PRESENTE NO BIG BANG E NA CRIAÇÃO: UMA PNEUMATOLOGIA DA CRIAÇÃO A PARTIR DE JÜRGEN MOLTMANN’, os autores apresentam uma reflexão acerca da teoria do Big Bang, o relato bíblico da criação em Gn 1,1-2,4a e a posição de Jürgen Moltmann chamado de ‘pneumatologia da criação’. Com isso, buscam relacionar os três temas em busca de um ‘metanarrativa de sentido’, ou seja, uma resposta às questões fundamentais: Qual a origem de tudo? Qual o finalidade de tudo o que existe? Qual o sentido da existência e do sofrimento inevitável? Além do mais, a pesquisa pretende resgatar diante da crítica pós-moderna o sentido teológico de uma ‘história da salvação’.

Bruno Martinez Portela confronta os conceitos de universalidade e dever de Hume e Kant. Assim, com título ‘UNIVERSALIDADE E DEVER EM HUME E KANT’, o autor inicialmente mostra, que no escopo da teoria humeana, encontra-se uma noção de padrão moral, que sustenta uma concepção universalista da moral. A filosofia humeana é capaz de arcar com uma noção fraca de dever, confrontando a tradição racionalista sem fugir à razão comum. E num segundo momento, apresenta a crítica kantiana à tentativa de fundamentação moral empirista, na qual o filósofo alemão defende a necessidade de uma noção rigorosa de universalidade e dever.

‘A RELAÇÃO ENTRE LIBERDADE PRÁTICA, FELICIDADE E SUMO BEM NAS SEÇÕES PRIMEIRA E SEGUNDA DO CÂNONE DA RAZÃO PURA’ de Paulo Gilberto Gubert,  tem por objetivo demonstrar o problema da relação entre a liberdade prática e a dignidade de ser feliz em Kant. O autor investiga as seções primeira e segunda do Cânone da Razão Pura e procura evidenciar como o ente racional livre e virtuoso pode alcançar a felicidade por meio do ideal do sumo bem.

A utilização de animais em pesquisas vem sendo frequentemente debatida no âmbito acadêmico, trazendo questões morais acerca da justificação de experimentos com animais, bem como sobre a necessidade/utilidade destes experimentos em nível científico. O artigo ‘Experimentação animal: a discussão apresentada em nível ético e científico a partir dos POSICIONAMENTOS FILOSÓFICOS de Cora Diamond, Peter Singer e Tom Regan’, de Waleska Mendes Cardoso e Gabriel Garmendia da Trindade, aborda essa problemática e busca definir o tratamento ideal a ser dado ao problema e inferir qual a melhor abordagem para a questão da experimentação animal em uma filosofia moral.

Agradecemos, especialmente aos autores dos artigos do terceiro número de 2012, em possibilitar que suas pesquisas sejam divulgadas. A todos os colaboradores da Revista Litterarius, internos e externos da Faculdade Palotina, que contribuem para que a revista seja sempre melhor, tanto na versão on-line (www.fapas.edu.br/revistas/litterarius) como na impressa.

Sérgio Nicolau Engerroff

litterarius@fapas.edu.br


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